O QUE AS CAMPANHAS DE TRÂNSITO TEM A NOS ENSINAR!

O Brasil é um país cheio de vícios e problemas que ganham visibilidade na impunidade sacramentada. A maneira legal como são tratados os malfeitores da sociedade, principalmente as pessoas com menos de 18 anos, já demonstram o que estou dizendo aqui. É como se diz por aí: nem tudo que é legal é moral!

Uma amostra disso são as campanhas de trânsito. Nunca mais me esqueci de uma viagem de carro que fiz entre Toronto e Montreal no Canadá. Ao tomar a rodovia me deparei com uma placa gigantesca que trazia uma espécie de tabela onde de um lado havia a infração e do outro a penalidade. As faltas iam desde o desuso do cinto de segurança até à direção perigosa. Tudo paralelo às penalidades que iam desde uma pequena multa até à detenção inafiançável seguida de julgamento e prisão. Estava lá para quem quisesse ver o claro recado: cumpra as leis de trânsito, pois, do contrário, você sofrerá duramente a aplicação da lei!

Mas isso foi no Canadá, onde a lei é aplicada com rigor e o infrator tem a certeza de que, se flagrado, sofrerá por sua infração. No Brasil a coisa é um pouco diferente. No Brasil as advertências do Estado nem sempre fazem a conexão entre a ilegalidade e a punição. No Brasil o Estado tem a mania de  transferir a punição legal para as consequências naturais de um acidente, ou seja, a punição não vem da lei, mas sim das graves lesões físicas decorrentes. Aqui os motoristas são alertados para os resultados ligados à integridade física e mental. Isso se percebe com as imagens de carros destroçados acompanhados da frase: Bebida e trânsito não se misturam, ou ainda colocam o rosto de uma criança triste com os dizeres: Dirija com cuidado, não deixe alguém que te ama esperar por toda a vida.

Não estou aqui negando que no Canadá ou em outro país sério não haja campanhas de trânsito propositivas ou que no Brasil não haja campanhas de trânsito combativas. Mas para quem reside aqui sabe o que estou querendo dizer. E, para mim, tudo isso é reflexo de uma gangrena maior que vivemos aqui: a impunidade! Convenhamos, com honrosas exceções, o Brasil não é um país sério. Basta ver a farra política, a burocracia desinteligente, o código penal, a lei menorista, o absurdo fiscal etc. etc. etc.

É lamentável tudo isso. E não sei se há perspectivas para melhorar. Já não acredito mais nas teses de birô ou de mesa de bar que dizem ser solução para o Brasil a educação ou a profilaxia política ou as leis mais duras... Talvez se juntarmos tudo e aplicarmos, quem sabe? Mas isso é difícil. Pode ser que isso ocorra no Brasil de meus netos ou bisnetos, sei lá!

O que para mim é certeza é que  a farra da impunidade faz com que pequenas áreas, incluindo aquelas quase imperceptíveis, demonstrem a alma do Brasil e o quanto tudo isto precisa mudar. Quando busco um alento, percebo que devo aumentar cada vez mais a minha bendita esperança no porvir com o Senhor Deus. Este, sim, é justo e aplica severamente suas penalidades contra toda corrupção. Somente em Deus eu posso viver a justa punidade num país onde já não existe o rigor da lei.

Sola Scriptura
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