Quanto ao discurso da Excelentíssima Senhora Presidente da República feito
no Senado Federal.
Excelentíssima Senhora Presidente:
01. A senhora não lutou pela democracia nos anos de 1960, ao contrário,
lutou pela plantação de um governo comunista autoritário no modelo cubano.
02. Não há em seu lugar um presidente ilegítimo, mas, sim, o vice-presidente que a senhora escolheu desde o primeiro mandato iniciado em 2011.
3. O processo de impedimento não possui como motivação a questão de gênero,
que o digam as senadoras Ana Amélia (PP – RS), Lúcia Vânia (PSB – GO), Marta Suplicy
(PMDB – SP), Maria do Carmo Alves (DEM – SE), Rose de Freitas (PMDB – ES), Simone
Tebet (PMDB – MS).
03. Neste processo não está em jogo as chamadas conquistas sociais, mas a sua atitude
fiscal irresponsável, âmago da denúncia.
04. Este julgamento não viola a democracia, mas, sim, julga as acusações de crime de responsabilidade.
05. Comparar este atual processo com o julgamento militar contra a senhora na década de
1970 é falacioso. Lá, as acusações foram de terrorismo, assalto,
sequestro e propagação da ideologia comunista (deixo claro que não estou aqui emitindo nenhum juízo
de valor direto contra ou a favor do ocorrido).
06. Neste processo não há nenhum risco aos projetos favoráveis aos afrodescendentes, mulheres, LGBT, possuidores de necessidades especiais etc., pois tais projetos não foram plantados pela senhora, mas pela esquerda que, inclusive, faz oposição à senhora.
07. O processo de Impeachment não é uma ação da direita conservadora, mas,
sim, de partidos que vão do centro esquerda à esquerda radical (embora não possua
senadores, lembro aqui a posição do PSTU, por exemplo). Aliás, estão do seu lado
os senadores Roberto Requião (PMDB – PR) e a pecuarista Kátia Abreu (PMDB – TO,
aliás, alguém que veio do PFL/DEM)
08. Eduardo Cunha não é o responsável e nem o autor da denúncia e do processo
que pesam contra a senhora. Miguel Reale Júnior, Janaína Paschoal e Hélio Bicudo,
um dos fundadores do PT é que são os autores. E o processo em andamento foi deflagrado
pelo voto dos deputados federais.
09. A senhora pode ser honesta, conforme suas afirmações garantidas por
lei, desde que prove sua inocência diante das acusações de caixa dois em sua campanha e do caso de Pasadena, Califórnia.
10. A retirada do seu governo não é um ato autoritário de seus opositores na eleição passada, pois quem está em seu
lugar é o vice-presidente eleito com a mesmíssima quantidade de votos que a senhora obteve.
11. A sua saída do governo não agravará a crise no Brasil, até desconfio
que o contrário é que ocorrerá.
12. Não há, senhora presidente, nenhuma ameaça contra os futuros presidentes que serão eleitos no futuro,
assim como não houve nenhuma ameaça contra o presidente eleito após o Impeachment
de Collor. Pelo contrário, os próximos presidentes terão o cuidado para não afrontar
os limites de suas competências (assim espero).
13. Concluo dizendo que concordo que a senhora ocupou o cargo de presidente
pelo voto popular direto. Mas lembro que todos os seus atuais juízes, excetuando
o atual presidente do tribunal, foram igualmente eleitos pelo voto popular direto.
Concluo dizendo que estas considerações são um esforço de não conformar
minha mente ao discurso esquerdista idiotizante. Quero e exijo a liberdade de sempre me
posicionar em contrário a esta ideologia.