JÁ ME CHAMARAM DE FANÁTICO!

Tenho discipulado nestes últimos meses um aluno meu da Universidade. Semana passada ele me fez uma pergunta interessante sobre fanatismo religioso e minha resposta foi trivial ao explicar o significado do termo e suas implicações. Depois disso eu comecei a pensar no assunto e me lembrei de que já fui rotulado de tantas coisas como, por exemplo, de conservador, de direitista, de machista (aliás, veja os comentários sobre uma postagem minha aqui), de fundamentalista, de puritano, de antihumanista, de facista e, finalmente, de fanático. Surgiu em minha mente a questão sobre o porquê algumas pessoas pensarem isso de mim, por que elas vinham em mim um comportamento que transparecia fanatismo religioso?

Comecei a refletir e pensei: bem, se ser fanático significa ser agressivo, cheio de rancor, desrespeitoso, ameaçador, preconceituoso, violento, estreito mentalmente; se ser fanático é usar de excessiva irracionalidade quanto às motivações teóricas, religiosas ou políticas; se ser fanático é não saber ouvir e nem debater com respeito; se ser fanático é beirar o delírio; então posso afirmar com toda tranqüilidade que não sou fanático e sinto-me ofendido com este rótulo.

Por outro lado lembrei que o fanatismo para muitos significa abraçar, obedecer e preservar a Lei de Deus na família e na vida como um todo. Numa cultura tão relativizada como a nossa que alarga os limites do pecado e estreita as fronteiras da santidade, procurar nunca mentir ou sempre guardar o Domingo como dia do Senhor, apenas para citar dois hábitos, pode ser visto como fanatismo moral e religioso respectivamente. E o pior de tudo é que muitas vezes este tipo de julgamento surge dentro da própria Igreja.

Neste sentido eu diria que se para alguns fanatismo é sinônimo de obedecer a Deus, ou seja, se lutar pela virgindade até o casamento for fanatismo; se nunca adulterar, mesmo que mentalmente, for fanatismo; se houver disposição para largar o emprego e o glamour pessoal para servir ao Senhor for fanatismo; se perdoar qualquer tipo de agressão for fanatismo; se acreditar que a pena de morte é um princípio divino contido nas Escrituras no Velho e no Novo Testamento for fanatismo; se crer que o Senhor está no controle de tudo no universo for fanatismo; se, de minha parte, houver disposição à morte por amor de Jesus for fanatismo; se acreditar que existe um princípio de autoridade no mundo onde o homem é o cabeça da mulher for fanatismo; se entender que a Bíblia é a revelação inequívoca de Deus aos seus eleitos for fanatismo; em suma, se na busca da santidade extrema houver a obediência com todas as forças à vontade de Deus, cumprindo-as sem relativismo ético, moral ou cultural for fanatismo; então certamente serei o mais fanático dentre todos os estilos de vida existentes nessa terra.

Tudo para a glória do nosso Deus!

Sola Scriptura.

REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DO NAMORO

Como estamos no mês dos namorados, quero tratar sobre esta prática bastante comum em nossa cultura ocidental. Primeiramente, desejo dizer que sou contra o modelo utilizado por nossa cultura brasileira, ou seja, um relacionamento recheado de beijos bucais e abraços eróticos que só promovem a excitação sexual e a defraudação. Um casal de namorados realmente crente deve banir do relacionamento qualquer contato físico que provoque a excitação sexual, por mais leve ou inocente que pareça, pois Paulo trata sobre a ofensa e a defraudação sexual em 1 Tessalonicenses 4: 6 – 8.

...e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação. Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo.

A Bíblia proíbe, portanto, qualquer defraudação, pois não há dúvidas de que se trata de pecado diante do Senhor Deus. Beijo na boca, apalpadelas indecentes e entonação sensual da voz estão terminantemente proibidos no namoro.

Então o que significa o namoro crente? Trata-se daquele período onde o diálogo, a oração, a leitura das Escrituras e a comunhão com os pais são as ações principais, período este destituídos de qualquer contato físico que promovam, por menor que seja, a excitação sexual.

Dito isto, a reflexão proposta aqui é sobre a escolha do futuro cônjuge, uma vez que muitos jovens cultivam dúvidas quanto ao assunto. Dúvidas que promovem a seguinte pergunta: “como saber a vontade de Deus para saber como e com quem devo me casar”?

O como já tratamos no início desta postagem. Quanto ao quem, há muito que dizer. Ao contrário daquilo que muitos pensam, esta importante escolha não ocorre por uma revelação vinda do alto ou por um sonho de uma noite de verão. Ela ocorre por uma utilização da inteligência que possui como lastro as Sagradas Escrituras e a confiança na ação de Deus que responde a nossa oração conforme o amor, a justiça e a misericórdia.

Indo direto ao assunto, quero propor aqui cinco critérios para a escolha daquele ou daquela que caminhará conosco até o fim da vida:

Compatibilidade de fé: Para que duas pessoas pensem em casamento devem, a rigor, saber que iniciar um relacionamento com descrente é, indiscutivelmente, estar em pecado diante do Senhor Deus. A Lei divina é clara quanto a isso: é proibido o ajuntamento entre um crente e um descrente. Muitos tentam relativizar este princípio indelével e caro ao Senhor que adotou para si mesmo a exclusividade de seus filhos. Mas o jugo desigual é abominação. Isto posto, também acredito que devemos pensar em jugo “desigual” (aspeado mesmo) entre duas pessoas que se denominam evangélicos. O ponto a se ponderar é a teologia envolvida que, via de regra, são opostas em aspectos que envolvem a eclesiologia (visão de igreja, liturgia, forma de batismo etc.) e pneumatologia (doutrina que trata do Espírito Santo). Não tenho dúvidas que o casamento entre um arminiano e um reformado ou entre um conservador e um pentecostal certamente gerará problemas no relacionamento salvo quando um abre mão completamente de suas convicções, pelo menos quanto às práticas. Quando alguém busca sua outra metade deve ter certeza de que a teologia envolvida é semelhante. Embora não esteja diretamente ligado à fé, outro aspecto que deve ser levado em consideração é a compatibilidade intelectual. Não significa dizer que ambos tenham o mesmo nível de graduação na Universidade, mas considerar que discrepâncias nesta área causam enorme barreira no relacionamento.

Anuência dos pais: A participação dos pais nesta escolha não se limita a um pequeno detalhe ou prática de somenos. Todo jovem crente deve pedir autorização do pai e da mãe, bem como dos sogros em potencial. A lógica é muito simples, trata-se dos futuros avós dos filhos que virão no futuro. Ambos serão parte ativa da família neste convívio que durará até a morte. Neste contexto alguns perguntam “e quando os pais não são crentes e proíbem movidos por motivos mesquinhos?” Bem, isso não dá liberdade para a desobediência. Lembremos aquilo que Salomão afirma: Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer” (Pv 21: 1). Isso significa dizer que assim como um humilde agricultor pode mudar o curso das águas de um riacho para regar a sua plantação, o Senhor Deus possui o coração do homem mais importante e temido da sociedade em sua mãos. Quando os pais, mesmo descrentes proíbem, independente de suas motivações, o jovem deve orar ao Senhor para que mude o coração de ambos. Se for da vontade do Pai, haverá mudança, caso contrário, é melhor desistir.

Visão de futuro: Imaginemos o seguinte: a moça possui chamado para trabalhar no Camboja como missionária, já o rapaz pretende ser um profissional liberal na cidade onde vivem. Muitos diriam: “mas o importante é que se amam muito e, no final das contas, acertarão as arestas, certo?” Errado! Este critério deve ser descoberto com muita conversa, pois, das duas, uma, ou um desiste numa boa de seus projetos de vida, ou haverá grande frustração ao longo da vida. O período denominado de namoro não deve ser utilizado para contato físico, deve ser utilizado para muita conversa e oração para que venham a tona estas questões.


Qualidade no relacionamento: Observe qual é o nível e a qualidade do envolvimento que o seu pretendente possui com a igreja e, principalmente, com a família. Neste último temos a radiografia daquilo que a pessoa será dentro de casa com o futuro cônjuge. Se se mostra uma pessoa atenciosa, carinhosa e preocupada com o bem-estar, isso pode significar uma pessoa boa para se conviver. Mas se se mostra uma pessoa desatenta, grosseira e indiferente, então cuidado. O mesmo pode ser observado no relacionamento com a igreja. Veja o envolvimento e a conduta no ministério (se a moça não é mandona e se o moço não é um frouxo). Veja também se se trata de um crente envolvido, assíduo nos trabalhos da igreja ou se é um da turma da periferia que não possui nenhum compromisso efetivo. De quebra veja algumas práticas relacionadas ao caráter: fofoca, maledicência, temperamento, dissimulação, mentira etc.


Tempo de namoro: Quando sinto fome, procuro comida. Quando sinto sede, procuro água (ou um refrigerante light). O mesmo princípio se aplica ao namoro pois quando desejo me casar, devo procurar alguém de Deus para isso. É absolutamente pouco inteligente alguém iniciar um namoro tendo como prioridade um curso acadêmico com duração de cinco anos ou a construção de uma casa pelo período de seis anos. Se alguém inicia um namoro significa que o casamento é sua prioridade zero num curto espaço de tempo. Ninguém deve namorar por um período menor que dois anos e mais de três anos. A falta de objetivos promove o relacionamento perigoso que, com o passar do tempo, leva ao pecado sexual (que vai do beijo bucal ao coito). Ninguém deve namorar por namorar, se se inicia o namoro, isso significa que o casamento passou a ser a minha prioridade zero quanto ao meu futuro. Lembro também que ninguém deve namorar com pouca idade. O correto é ele ter 21 anos e ela 20 anos no mínimo.

Concluo esta postagem fazendo os seguintes acréscimos: primeiro, em um relacionamento, a paixão deve ser o último critério a ser considerado, aliás, nem deveria ser critério para a escolha. Quando falo paixão, sentimento que se baseia apenas na atração física, isso não deve ser confundido com o amor, sentimento que inclui e ultrapassa a atração física, abrangendo todo o ser. Este amor completo, sim, deve ser utilizado como critério na escolha. Segundo, o homem deve sempre demonstrar maturidade com Deus maior ou semelhante a da mulher, nunca aquém. E, terceiro, sempre deve haver o acompanhamento e aconselhamento feito por um pastor ou um casal experiente.

Acredito que se os jovens crentes seguirem estes princípios, certamente terão grandes chances de constituir um matrimônio maduro e abençoado pelo Senhor Deus.

Sola Scriptura.

CARTA A UM PISTOFÓBICO!

Carta fictícia endereçada a um homossexual militante da causa gay no Brasil.
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Sr. Corydon.

Em primeiro lugar, quero me dirigir a você com todo o respeito que lhe é devido como pessoa humana e como cidadão livre que vive numa democracia como a nossa.

O motivo desta carta é para dizer-lhe que não faz o menor sentido você ser um pistofóbico. Nós, crentes, jamais pregamos o ódio contra o seu grupo ou incitamos alguém a exterminar os que optaram pela homossexualidade. Não esqueça de que possuímos uma magna lei divina que nos obriga a não cometer assassinato, o que significa também a proibição de fazermos justiça com as próprias mãos.

É totalmente sem sentido você desenvolver e difundir o ódio contra os crentes. Mais inusitado ainda é a promoção de eventos públicos para a destruição da Bíblia num espetáculo quixotesco que só promove a intolerância. Já pensou se nós, crentes, fizéssemos o mesmo? Já pensou se saíssemos por aí rasgando em praça pública os livros de Nietzsche, Sartre, Foulcault, Marx, Comte, pelo simples fato destes autores ridicularizarem a nós, crédulos, colocando-nos a nós e a nossos filhos como idiotas que ainda vivem na esfera do tempo marcada pela ignorância e pela escuridão do saber? Já pensou se queimássemos a bandeira da causa gay em praça pública? Não, nós não faríamos isso, pois tal comportamento demonstra um fanatismo perigoso. Rasgar Bíblias publicamente, Sr. Corydon, é demonstração de fanatismo e de intolerância perigosos. Nós também não reivindicamos leis que proibam qualquer pensamento ou ensino que demonstre profunda discordância relacionada à nossa fé. Isso seria um absurdo, não?

Outra coisa, culpar a Bíblia (eu já me manifestei quanto a esse assunto aqui) não vai resolver o problema da violência, aliás, vai aumentá-la. É bom lembrá-lo de que a moral bíblica salvaguarda a integridade física das pessoas, inclusive a dos homossexuais. Outra coisa ainda, responsabilizar a Bíblia pela violência derramada sobre vocês é o mesmo que responsabilizá-la dos assassinatos das prostitutas, das adúlteras, dos ladrões, dos assassinos, dos pedófilos, afinal de contas, são pessoas que praticam pecados condenados pelas Escrituras de igual modo.

Sabe, Sr. Corydon? É tão contraditório acompanhar os homossexuais pregarem contra o ódio quando, para isso, semeiam o ódio contra nós. É tão contraditório ouvi-los bradar contra a intolerância quando vocês mesmos lutam para que uma lei-mordaça seja aprovada em Brasília. Vocês agem contra nós com práticas que vocês mesmos condenam e execram. Outra coisa que não entendo. Por que somente nós crentes somos alvo de todo o seu ódio e intolerância? Até parece que para vocês não existem os governos radicais islâmicos, os skinheads, os neonazistas, esses, sim, matam homossexuais com extrema violência. Mas quanto a estes grupos vocês se calam.

O que percebo claramente é que são vocês, homossexuais, que ameaçam a sociedade com esta intolerância contra os que pensam e ensinam contrário à homossexialidade. Ameaçam porque defendem leis que aniquilam a livre expressão, pedra de toque de qualquer democracia. Se vocês querem respeito, respeitem também os outros. Se vocês querem liberdade, respeitem a liberdade dos outros. Se vocês querem continuar livres para discordar, respeitem a discordância dos outros. Não tirem o meu direito de ensinar aos meus filhos que a virgindade deve ser preservada até o casamento, ou que a fidelidade conjugal deve existir a qualquer custo, ou que a heterossexualidade deve ser vivida a despeito de qualquer pressão social. Não tente me calar diante do rebanho que me foi confiado, pois desejo ensiná-lo sempre sobre a lei divina que inclui o amor e o respeito aos homossexuais ao mesmo tempo em que condena e rejeita a prática homossexual.

Meu mais profundo desejo, Sr. Corydon, é que você seja alcançado pela maravilhosa graça de Deus e seja salvo da ira, não porque você pratica a homossexualidade apenas, mas porque, no geral, você é um pecador tanto quanto qualquer pessoa nesta terra que carece da salvação eterna.

Cordialmente.

Um Cristão.
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Sola Scriptura

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Esclarecimento:


Pistós = crente
Fobos = medo
Pistofobia = “medo de crente”
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