A MORTE DE NIEMEYER


Este foi o texto da Escritura Sagrada que veio à minha mente ao tomar conhecimento da morte do brilhante Oscar Niemeyer. Ateu convicto, este amante das curvas foi um comunista militante cuja esperança se restringiu aos postulados da esquerda política e filosófica. Um homem que deixou um legado arquitetônico sem precedentes em nossa ultra-modernidade.

Reconhecido como gênio da arquitetura, Niemeyer é celebrado e até cultuado por milhares de arquitetos e acadêmicos espalhados pelo mundo. E não é para menos, suas obras são marcantes e desconcertantes diante daqueles que contemplam. O abandono pelas retas e o abuso nas curvas fez deste homem um semeador de prédios, espaços e esculturas que dividiu o conceito de arquitetura moderna. Foi ousado em suas escolhas e simples em seu cotidiano, ingredientes que fizeram dele uma pessoa querida e admirada por todos os que conviviam ao seu lado.

Mas tudo indica que em meio a tudo isto o ateísmo imperou. E embora este talvez fosse para ele um ponto sem muita importância, contudo este ponto sem importância vai fazer uma grande diferença imortal. Morrer sem Cristo pode ser um aspecto ignorado por muitos aqui neste mundo, mas na vida após a morte torna-se o único aspecto para se lamentar por toda a eternidade.

Quem sabe neste mesmo dia da morte de Niemeyer tenha morrido algum mestre de obras absolutamente desconhecido, alguém que não tinha fama nem dinheiro, alguém que só tinha a Cristo como seu Senhor e Salvador, alguém que cria e glorificava ao Senhor Deus. O mundo não sabe da sua morte, e talvez nunca saberá, entretanto neste exato momento não faz nenhuma diferença a fama de Niemeyer ou o anonimato do crente desconhecido vividos neste mundo, a diferença crucial será o tipo de eternidade que cada um viverá.

É aqui que o texto em Marcos 8: 36 possui grande importância, ou seja, é como eu sempre gosto de afirmar: Nada com Deus é tudo e tudo sem Deus é nada! Simples assim, tão simples como o questionamento do Senhor Jesus: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?"

Sola Scriptura

O QUE AS CAMPANHAS DE TRÂNSITO TEM A NOS ENSINAR!

O Brasil é um país cheio de vícios e problemas que ganham visibilidade na impunidade sacramentada. A maneira legal como são tratados os malfeitores da sociedade, principalmente as pessoas com menos de 18 anos, já demonstram o que estou dizendo aqui. É como se diz por aí: nem tudo que é legal é moral!

Uma amostra disso são as campanhas de trânsito. Nunca mais me esqueci de uma viagem de carro que fiz entre Toronto e Montreal no Canadá. Ao tomar a rodovia me deparei com uma placa gigantesca que trazia uma espécie de tabela onde de um lado havia a infração e do outro a penalidade. As faltas iam desde o desuso do cinto de segurança até à direção perigosa. Tudo paralelo às penalidades que iam desde uma pequena multa até à detenção inafiançável seguida de julgamento e prisão. Estava lá para quem quisesse ver o claro recado: cumpra as leis de trânsito, pois, do contrário, você sofrerá duramente a aplicação da lei!

Mas isso foi no Canadá, onde a lei é aplicada com rigor e o infrator tem a certeza de que, se flagrado, sofrerá por sua infração. No Brasil a coisa é um pouco diferente. No Brasil as advertências do Estado nem sempre fazem a conexão entre a ilegalidade e a punição. No Brasil o Estado tem a mania de  transferir a punição legal para as consequências naturais de um acidente, ou seja, a punição não vem da lei, mas sim das graves lesões físicas decorrentes. Aqui os motoristas são alertados para os resultados ligados à integridade física e mental. Isso se percebe com as imagens de carros destroçados acompanhados da frase: Bebida e trânsito não se misturam, ou ainda colocam o rosto de uma criança triste com os dizeres: Dirija com cuidado, não deixe alguém que te ama esperar por toda a vida.

Não estou aqui negando que no Canadá ou em outro país sério não haja campanhas de trânsito propositivas ou que no Brasil não haja campanhas de trânsito combativas. Mas para quem reside aqui sabe o que estou querendo dizer. E, para mim, tudo isso é reflexo de uma gangrena maior que vivemos aqui: a impunidade! Convenhamos, com honrosas exceções, o Brasil não é um país sério. Basta ver a farra política, a burocracia desinteligente, o código penal, a lei menorista, o absurdo fiscal etc. etc. etc.

É lamentável tudo isso. E não sei se há perspectivas para melhorar. Já não acredito mais nas teses de birô ou de mesa de bar que dizem ser solução para o Brasil a educação ou a profilaxia política ou as leis mais duras... Talvez se juntarmos tudo e aplicarmos, quem sabe? Mas isso é difícil. Pode ser que isso ocorra no Brasil de meus netos ou bisnetos, sei lá!

O que para mim é certeza é que  a farra da impunidade faz com que pequenas áreas, incluindo aquelas quase imperceptíveis, demonstrem a alma do Brasil e o quanto tudo isto precisa mudar. Quando busco um alento, percebo que devo aumentar cada vez mais a minha bendita esperança no porvir com o Senhor Deus. Este, sim, é justo e aplica severamente suas penalidades contra toda corrupção. Somente em Deus eu posso viver a justa punidade num país onde já não existe o rigor da lei.

Sola Scriptura

A REFORMA PROTESTANTE!

Não me soa bem a frase que diz: "necessitamos de uma nova reforma". Embora a expressão signifique para muitos um novo movimento baseado no antigo, para mim, o termo "nova" dá a ideia de que há uma velha que se esclerosou com o passar dos séculos ou, pelo menos, necessita de uma nova injeção de ânimo.

Em vez de um novo movimento, prefiro dizer que devemos, com todas as forças, preservar intacto os princípios da antiga e única Reforma Protestante, movimento bendito que caminha já por cerca de quase meio milênio. Isso porque este movimento está aí para que vejamos os mundo, em toda as suas dimensões, pelo viés das Escrituras Sagradas.

Sendo mais específico, necessitamos preservar aquela que começou com as reflexões de Wycliffe e Huss na Inglaterra, consolidou-se com as 95 teses em Wittenberg, desenvolveu-se por meio da Instituição da Religião Cristã em Genebra, sistematizou-se na Confissão de Fé de Westminster na Inglaterra (sem, é claro, deixar de esquecer as outras honradas confissões fé), expandiu-se a partir do coração e do compromisso dos puritanos, e chegou até nós brasileiros na fiel pregação de Simonton.

Hoje, mais do que nunca, devemos preservar as doutrinas da graça que reconhecem o Senhor Deus sobre tudo e todos. Devemos preservar o combate contra os absurdos, as bizarrices e o paganismo de alguns setores evangélicos. Não há antídoto mais eficaz contra a espiritualidade supersticiosa, as teologias das blasfêmias, o naturalismo acadêmico servil, a pregação que esvazia o Evangelho e a esperança confinada nos bens de consumo.

Repito, não necessitamos de uma nova reforma, mas sim da preservação da antiga para que o Evangelho faça sentido por meio de seu conteúdo divino.

Viva a Reforma Protestante. Que Deus seja louvado!


Sola Scriptura

ABAIXO A CRISTIANOFOBIA


Está mais que claro que a lei da homofobia não se restringe à defesa dos direitos do cidadão que optou a homossexualidade como estilo de vida, até porque tais direitos já são amplamente garantidos em nossa Constituição Federal. O que querem na verdade é o passe livre para fazerem o que lhes der na telha sem conceder o direito de contra-resposta.


Isto ficou claro pela afronta que fizeram a alguns símbolos cristãos durante uma Parada Gay em São Paulo. Aliás, em nome de uma generalização irreal onde qualquer desacordo com a prática homossexual já está criminalizada sob o título de homofobia, alguns homossexuais se sentiram e se sentem no direito de expor publicamente a sua cristianofobia ou eclesiofobia.

Que tipo de regime é este reivindicado? O do silenciamento total? O do “eu tenho o direito de achincalhá-lo, mas você só possui o direito de se calar”? O que querem? Que façamos como alguns evangélicos de Chicago e empunhemos cartazes dizendo: “I'm sorry for how the church treated you”, ou simplesmente “I’me sorry”? Ou ainda: “façam o que quiser conosco, pois não temos o direito de nos defender”?

Vivemos numa democracia de direito(s) onde nenhuma opressão pode ser canonizada, nenhum regime pontual de exceção pode ser dogmatizado. Assim como qualquer um pode e deve exigir o seu direito de defender, praticar e ensinar a prática homossexual como cidadão livre perante a lei, eu também posso e devo exigir o meu direito de defender, praticar e ensinar a prática heterossexual como cidadão livre perante a lei. Aliás, tenho o direto de me posicionar contra várias práticas de natureza sexual como a do adultério, a da fornicação, a da prostituição, a da orgia, e de tudo aquilo que as Escrituras condenam como pecado.

Precisamos ter muito cuidado, pois, como afirmou Antonio Gramsci, as instalações autoritárias não ocorrem apenas pela força, mas também pelo consenso. O direito à cidadania antecede os interesses e os desinteresses de cada um. Assim como qualquer um, sou cidadão de direito e reivindico sê-lo de fato. Portanto, não pode haver consenso algum na aplicação de uma lei que autorizará a prática claramente excludente, não importando de que natureza esta lei seja.

Se os homossexuais querem respeito, devem também se dar ao respeito e respeitar as diferenças contidas na rede social.

Viva a liberdade! Abaixo a intolerância, seja ela de que natureza for!

Sola Scriptura

A SEMANA SANTA

Esta semana é conhecida como santa porque, segundo o calendário católico romano, foi o período em que Cristo morreu, foi sepultado e ressuscitou. Bem, não há como negar que para nós, protestantes, tal calendário nada significa, pois a morte, sepultamento, ressurreição e segunda vinda do Senhor Jesus sempre são anunciados quando nos reunimos como Igreja ao redor da mesa para cumprir o sacramento da ceia. Nossa páscoa não é a do calendário litúrgico romano, não ocorre apenas um dia por ano. Nossa páscoa é a celebração da Santa Ceia conforme 1 Coríntios 11: 26.

Por outro lado, precisamos lembrar que a sociedade será saturada pelo termo Páscoa o tempo inteiro, quer seja pelo comércio de chocolate, quer seja pela mídia, quer seja pela religião romana. Neste caso vejo que há uma grande oportunidade para a evangelização pessoal, mostrando a cada indivíduo a verdade sobre o Cordeiro Pascal que tira o pecado do mundo. Devemos aproveitar para mostrar o verdadeiro sentido do termo, ou seja, o Senhor Deus providenciou salvação àqueles que crêem no Senhor Jesus!

Assim sendo, a meu ver, seria um erro celebrar a páscoa nesta data por conta de um calendário que não nos pertence. Criar uma atmosfera no culto para ritualizar o evento é desprezar o verdadeiro momento solene quando a páscoa faz sentido: a Santa Ceia. Já utilizar o contexto para evangelizar na escola, no trabalho, no ponto de ônibus, na fila do banco ou do supermercado, é aproveitar todas as oportunidades para proclamar a salvação.

Nesse sentido, povo de Deus, saia à evangelização nesta semana, aproveite a oportunidade que a nossa sociedade concede!

Sola Scriptura.

IMPUNIDADE QUE MAQUIA O BANDIDO DE ALUNO ESCOLAR

O Brasil é um claro exemplo de democracia cuja libertinagem acachapa a liberdade individual. Claro que existem pontos altamente positivos em nossa democracia que, inclusive, permite a publicação de um artigo como este sem nenhuma repressão. No entanto, uma sociedade onde não há parâmetros limitativos claros à ação sobre o direito individual leva a degradação e à futilidade social.

Um exemplo claro disso é o sistema penal brasileiro. Uma piada. Não precisa ser especialista em direito para perceber a gigantesca “pizzaria” que se tornou a aplicação da lei no Brasil. Começando pela nomenclatura, pois não podemos mais chamar o preso de preso ou o condenado de condenado. Agora temos que fingir que o preso-condenado nada mais é do que um reeducando. Isso mesmo, um alunozinho do sistema estatal.

E já que se trata de um reeducando, ou seja, de alguém que finge se submeter ao processo educacional, logo sua soltura irrestrita deve ser garantida. Não importa se a desculpa são os dias festivos como o Natal, a Páscoa, o Carnaval, o Dia das Mães, ou se já houve o cumprimento de um terço da pena para que haja a soltura sem empecilho algum. Até mesmo o direito à satisfação intra grade da libido sentiendi (para utilizar Agostinho de Hipona) é garantido a este reeducando. Um absurdo!

Isto demonstra como o humanismo praticado no Brasil é o da pior espécie, pois no caso dos criminosos, ao serem presos, deveriam ser reconhecidos por todos como apenados, principalmente pela instituição que o prendeu. E a obviedade está no fato de que estão ali cumprindo uma pena pelos delitos cometidos. A lei deveria ser absolutamente coercitiva e temida aos facínoras desumanos. Um criminoso, dependendo do crime cometido, uma vez que há exceções, deveria pagar muito caro por sua infração, deveria ter a sua liberdade e regalias totalmente suprimidas. Deveria se arrepender amargamente pelos delitos cometidos.

É por isso que sou a favor de penas máximas como a prisão perpétua e a pena de morte. E penso assim primeiramente porque sou um cristão que procura seguir à risca aquilo que o Evangelho ensina. Claro que é discutível se o Brasil estaria preparado ou não para agir com tamanho rigor. Mas no geral é assim que penso ser correto segundo as Escrituras Sagradas.

Tratar assassinos, estupradores, terroristas, seqüestradores, violentos e brutos como colegiais de faz de conta é subestimar a inteligência de muitos. Não dá para conviver com este nível de impunidade que aterroriza, prende e isola o cidadão de bem enquanto fortalece, solta e pulveriza na sociedade indivíduos inescrupulosos que não titubeiam em destruir a vida de que quer que seja, inclusive a minha e a sua, por pura maldade.

Termino dando também um basta às pieguices evangélicas que empunham o pendão do Estado que afaga e tolera aquilo que a Bíblia condena. Como cristão digo: ninguém pode fazer justiça com as próprias mãos, ao contrário, devemos como indivíduos perdoar e dar a outra face como Jesus ensinou. Mas cabe ao governo instituído punir com rigor todos aqueles que atentam contra a vida e a liberdade salutar. É isto que se espera de uma sociedade séria e coerente. Não confundamos responsabilidade pessoal e responsabilidade estatal. São duas esferas bem diferentes no trato com o bandido.

Abaixo a impunidade, viva a punição justa!

Sola Scriptura

O QUE SIGNIFICA AVIVAMENTO EVANGÉLICO NO BRASIL?

Muito se tem falado sobre os resultados efetivos do avivamento espiritual na igreja. Para alguns (e são muitos), o avivamento está intrinsecamente ligado ao exercício de dons que, em sua essência, contrariam o cotidiano natural. São as curas, as línguas, e os êxtases revelacionais diante dos membros e das multidões. Outros pensam que o avivamento se encerra no crescimento numérico. Quanto mais forte a presença do Espírito Santo, mais mega se torna a igreja local.

Diante disso eu me pergunto se, de fato, isto é o resultado cabal de um enchimento do Espírito Santo. 

Não há dúvidas de que o enchimento do Espírito Santo muda o indivíduo, tornando-o amoroso, alegre, pacificado, paciente, delicado, bondoso, fiel, humilde e controlado. Também a sua percepção de Reino de Deus se aperfeiçoa no culto, na gratidão, diante do próximo e da família. Também concordo que ser cheio do Espírito Santo é ser cheio da Palavra de Cristo, ou seja, é saber e guardar a Palavra no coração.

Mas será que tudo se encerra nisto e nisto encontramos todo o resultado de um avivamento espiritual? Creio que não. Se avivamento começa com uma forte consciência de pecado e desejo por confessá-lo e deixá-lo, seu fim é o envolvimento com a injustiça social. E antes que me rotulem de teólogo da libertação, quero lembrar o que encontramos em Isaías 1: 16, 17 que diz:

Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas.”

Está claro o que o profeta exige do povo de Deus, uma ação efetiva que atinge a sociedade e alcança os desvalidos (órfãos e viúvas). Toda a corrupção deveria ser condenada, principalmente a que acachapa os desprotegidos. Para mim esta oportunidade é gigantesca em nosso país onde a corrupção impera sossegadamente e a miséria impregna todos os cantos da cidade e do campo. Neste sentido, se a Igreja se torna forte em uma sociedade, logo há mudanças sociais significativas.

Todavia não é isso que vejo no Brasil, apesar do crescimento evangélico (termo que já está esvaziado de sentido). Nada muda, pois a igreja se cala diante do mal, da injustiça, do opressor, da iniqüidade contra o órfão e da tirania contra a viúva. O que ocorre por aqui não é avivamento genuíno. Pode ser avivamento do fogo, dos milagres, dos dons, da prosperidade, do crescimento numérico, mas não é o avivamento promovido pelo Espírito Santo.

Muitos podem se enganar, mas eu sempre procuro refletir sobre isso. Penso que o Brasil será impactado por um genuíno avivamento quando a sociedade se deparar com uma Igreja corajosa que denuncia o erro social e exige justiça. Que nos tornemos cheios do Espírito, que nos tornemos cheios da Lei de Deus.

Sola Scriptura.
Diletos amigos.

Estou de férias desde o dia 11 de Dezembro. Todavia quero informar que há uma página eletrônica ainda em fase experimental, mas que já traz algumas pregações minhas que podem ser baixadas livremente. O endereço é:



Grande abraço.
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