SÓ RESTAM MEMÓRIAS!

Mais um ano termina restando apenas a memória de tudo o que passou. Nesta memória podemos vivenciar todos os nossos sentimentos como raiva, tristeza, alegria, decepção e medo. Nela também vemos o cumprimento das Escrituras sagradas quando dizem:

No dia da prosperidade, goza do bem; mas, no dia da adversidade, considera em que Deus fez tanto este como aquele” (Eclesiastes 7: 14).

Sim, nossa memória diz que o Senhor Deus nos conduziu por sua divina providência, cumprindo seus eternos decretos, decretos que são ocultos até o momento em que se cumprem em nossa vida. E mesmo que tenhamos chorado ou sofrido em alguns momentos, lembremos que esta soberania possui propósitos definidos, pois:

Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8: 28).

O que mais nossa memória nos diz? Como é triste ouvi-la enumerar tantos pecados cometidos. Mas como é alegre ouvir seu cântico sobre a graça e a misericórdia do Senhor Deus que nos limpa e nos anima a continuar neste caminho possível, em Cristo e só por Ele, até a habitação eterna:

Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8: 38, 39).

Esta é a confiança de que teremos um novo ano vitorioso,” diz nossa memória, “pois estamos fiados na eterna aliança que o Deus Fiel estabeleceu conosco. Mesmo que eu seja um pecador, derrotado momentaneamente, sou salvo da culpa do pecado.” Que paradoxo maravilhoso!”

Portanto, alegremo-nos juntamente com a nossa memória e ouçamos mais uma vez, e vale a pena ouvir de novo, a seguinte verdade:

Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera” (Isaías 64: 4).

Feliz (e seremos felizes sim) 2014!

AS CONSEQUÊNCIAS DA REFORMA PROTESTANTE!



A Reforma Protestante iniciou no século XVI com Martinho Lutero quando, através da publicação de suas 95 teses em 31 de Outubro de1517 na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, protestou contra diversos pontos da doutrina Católica Romana, propondo uma reforma interna.

Ao ser julgado e excomungado, Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma revolução religiosa que iniciou na Alemanha e se estendeu pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente nos Países Bálticos e na Hungria. A resposta da Igreja Católica Romana foi o movimento conhecido como Contra-Reforma iniciada no Concílio de Trento.

O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da Igreja no Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando o Protestantismo.

João Calvino foi o intelectual do movimento reformado escrevendo importantes tratados e comentários bíblicos. Também contribuiu para a explanação dos chamados cinco “somentes” (“solas” em latim), a saber:

Somente a graça (sola gratia): O eleito alcança a salvação unicamente pela graça.

Somente a fé (sola fide): O eleito alcança a salvação unicamente mediante a fé.

Somente a Escritura (sola Scriptura): O eleito salvo encontra na Bíblia a sua única regra de fé e prática.

Somente Cristo (solus Christus): Cristo deve ser tudo em todos, deve ser o centro da vida do eleito salvo.

Somente glória a Deus (soli Deo gloria): Todo pensamento ou obra deve unicamente glorificar ao Senhor Deus.

Muitos crentes desvalorizam a Reforma Protestante por afirmarem que não há nela nenhuma importância. É claro que esta atitude é incorreta uma vez que todos nós somos herdeiros e devedores daqueles irmãos que deram a vida (alguns literalmente) para que tivéssemos a liberdade de viver um cristianismo baseado nos Evangelhos e nas doutrinas dos apóstolos.

VIVA A REFORMA!

Sola Scriptura

"A QUEM ADORAREI, COM QUEM ME ALEGRAREI?" A COPA DAS CONFEDERAÇÕES


No dia 30 de Junho teremos a decisão da Copa das Confederações. Brasil e Espanha, um jogásso que unirá os brasileiros em torno do Maracanã. Seria um excelente programa a todos nós não fosse o dia e o horário em que acontecerá: Domingo, às 19h. Neste sentido, há dois aspectos a serem considerados:

Aos que deixarão de ir para o culto solene ao Senhor Deus para assistir ao jogo quebrarão o primeiro e o segundo mandamentos que dizem: “Não terás outros deuses diante de mim e; Não farás para ti imagem de escultura, não as adorarás, nem lhes darás culto. Ou seja, 1° Estarão trocando o Senhor Deus por outro deus e; 2° Estarão construindo e adorando aos ídolos do futebol construídos no coração. Tal atitude é lamentável e aponta para a possibilidade de estas pessoas nem serem nascidas de novo!


Com relação aos crentes que estarão presentes no culto, há também outro grande desafio que se traduz na seguinte pergunta: “estou no culto, mas onde está a alegria do meu coração?” Isso mesmo. Não basta estar presente, deve-se também ter o coração cheio de alegria com este privilégio. Lembre-se de que nós vemos o exterior, mas Deus vê o interior. Ele verá o quanto o amamos e o quanto Ele é importante para nós.


Creio que este é um bom momento para que todos orem neste sentido, para que Deus perceba o quanto é amado e desejado em nosso meio. Pois, qualquer atitude menor que estes sentimentos demonstrará que possuímos apenas uma religiosidade oca; bonita por fora, mas horrorosa por dentro. Clamemos, então, pela graça e pela misericórdia de Deus para que tenhamos, sempre, as motivações corretas.


Uma final de Copa das Confederações, tendo o Brasil e a Espanha como protagonistas, é um bom programa e uma considerável alegria. Mas cultuar a Deus em seu dia é infinitamente mais importante, além de ser uma alegria que supera a todas as atividades humanas!

Sola Scriptura.

COMO AVALIAR AS MANIFESTAÇÕES POPULARES NO BRASIL?

As manifestações que ocorrem no Brasil já são consideradas como as maiores de todos os tempos quando milhares de pessoas saem às ruas para reivindicar a diminuição do preço da passagem dos transportes públicos, a erradicação da impunidade vivida na elite política, além da melhoria das políticas públicas. Minha avaliação aqui será simples e, ao mesmo tempo, abrangente para que pensemos um pouco sobre este momento.

Um forte aspecto que percebo nisso tudo é a reafirmação da identidade “brasileira” construída. O próprio refrão entoado nas ruas e nos estádios de futebol já corrobora esta prática ao dizer: “...sou brasileiro com muito orgulho...” Esta atitude acontece numa pós-ditadura militar e, ao mesmo tempo, no embalo de quase 10 anos de governo esquerdista que não ultrapassa o bolsa qualquer coisa e que se mantém atrelado a uma memória sórdida e a uma prática extremamente pluralista. Mesmo as atitudes de vandalismo, salvo as realizadas por meliantes, demonstram o desejo de destruir a coisa pública por construírem nela o reflexo da política esquerdista vil e canalha. A representação é clara: “o gigante que desperta vai exterminar a corrupção e os desmandos”. Gigante versus pequenez. A brasilidade passa a se definir como um bloco coeso e coerente diante da pluralidade indefinida da esquerda doente e viciada. Esta é a identidade que se constrói atualmente na “busca da certeza diante das incertezas.” Nesse ponto, as manifestações não diferem dos demais fenômenos comuns às práticas sociais.

Outra avaliação que faço é o forte apelo ao desabafo. É o “basta!” que se grita nas ruas contra a patuscada permanente da política partidária. É o “chega!” para os hospitais sucateados, a educação desvalorizada, as estradas esburacadas, tudo como resultado de uma elite política ladra e corrupta que se elitiza cada vez mais. É o sofrimento de se sentir extorquido nos impostos. Não por pagá-los, mas por perceber que o retorno só ocorre aos infames das câmaras e dos palácios, pois aqui se paga muito caro para enriquecer as finanças e os desmandos daqueles que há anos deitam e rolam blindados pela maldita impunidade. De que adianta pagar imposto como o que se paga no Canadá para se viver uma vida que se vive em Moçambique ou na Nigéria? Nesse ponto, as manifestações são legítimas e saudáveis.

Infelizmente há os bandidos que destroem por puro vandalismo, diferente daqueles que destroem por associar a coisa pública aos políticos corruptos conforme argumentado acima. Todavia, ambos se tornam um caso de polícia, requerendo sobre si a repressão forte. De nada adianta viver a impunidade nesta esfera para protestar contra a impunidade vivida em outras esferas. É, no mínimo, incoerente e contraditório. Nesse ponto, as manifestações são ilegítimas e doentias.

É preciso pensar que a verdadeira mudança deve ocorrer na transformação do modo como se faz política no Brasil. Hoje, para ser candidato aos cargos, é necessário muito dinheiro e fortes conchavos com aqueles que desejam apenas o poder e a preservação da farra. Há que se pensar em alternativas que vão para além da esquerda doente e viciada. Tais mudanças não se restringem às urnas como um fim em si mesmo. Mas votar em quem? As mudanças estruturais ocorrerão com a democratização da oportunidade que respeita a discordância, mesmo para com o que preserva antigos valores baseados na honra, na justiça e na honestidade. Por exemplo, se há pessoas cujos valores são baseados na Lei moral divina, isto deve ser respeitado e tolerado, além do usufruto de oportunidades concedidas. O oportunismo deve ser rechaçado e a mudança democrática deve ser construída. Nesse ponto, as manifestações podem ser o início de uma mudança significativa e benéfica da atual conjuntura política.

Por fim, concluímos sobre a ação soberana de Deus sobre todos. Os crentes devem permanecer em oração para que as mudanças necessárias e justas ocorram. Só ocorrerá a construção de uma democracia justa e limpa se for da vontade do soberano Deus. Neste sentido, podemos até apoiar ordeiramente tais manifestações para que a sociedade como um todo seja beneficiada. A oração deve ser feita para que a paz e a justiça, oriundas do trono da graça, sejam uma realidade entre nós. Nesse ponto, as manifestações são uma bela oportunidade para a oração do crente ao soberano Senhor!

Sola Scriptura

SANGUE NAS MÃOS...


Há sangue inocente nas mãos dos políticos corruptos...

Embora banalizada por muitos, a corrupção no Brasil é muito mais profunda do que pensamos. O ato de desviar milhões de reais para as contas particulares dos políticos corruptos resulta na destruição de vidas humanas que, ao contrário, deveriam usufruir com dignidade o retorno dos impostos pagos. Talvez muitos não tenham percebido que há muita responsabilidade sobre os políticos corruptos quando uma pessoa inocente perde a vida por causa da precariedade em que vive o Brasil.

Neste sentido não tenho dúvidas de que...

Há sangue nas mãos dos políticos corruptos quando vidas são ceifadas por causa do péssimo estado das rodovias e estradas esburacadas ou por causa dos quilômetros e quilômetros de pista única que poderiam ser duplicadas.

Há sangue nas mãos dos políticos corruptos quando vidas são ceifadas por causa do péssimo estado dos hospitais e dos prontos-socorros desequipados ou por causa das longas filas de sufrágio e sofrimento da indignidade humana.

Há sangue nas mãos dos políticos corruptos quando vidas são ceifadas por causa do péssimo estado da segurança pública que é incapaz de reprimir a criminalidade e conceder segurança aos cidadãos.

Há sangue nas mãos dos políticos corruptos quando vidas são ceifadas por causa do péssimo estado em que se encontra Código Civil que, majoritariamente, favorece o facínora (incluindo os tais políticos) e penaliza o cidadão honesto e bom. Péssimo estado porque já prescreveu, mas não encontra parlamentares que proponham mudanças radicais.

Portanto, político corrupto é assassino, parasita da sociedade, vírus imundo que contamina o bem estar geral. Político corrupto traz constantemente sangue nas mãos, sangue de pessoas que eles não conhecem e que são vítimas da imundície vivida nos porões das Assembleias Legislativas e dos palácios do executivo.

Há muito sangue nas mãos dos políticos corruptos...

Sola Scriptura

O QUE ESPERAR DO ANO NOVO?

Toda virada de ano promove, na maioria das pessoas, a reflexão por tudo aquilo que foi vivido no ano anterior. São os momentos reconstruídos na memória, principalmente aqueles que causaram dor, desconforto, frustração ou grande indignação. Isso mesmo, nossa tendência é sempre lembrar os momentos ruins e, conse- quentemente, procurar exorcizá-los para que não se repitam no novo ano que se inicia. Também somos tentados a pensar que tais momentos não deveriam ter acontecido, afinal de contas bênção é sempre associada à saúde plena, ao dinheiro fácil e ao conforto absoluto. Isso ocorre devido à nossa cultura do individual, do consumo e do hedonismo, ou seja, bênção é tudo que vai ao encontro do sistema capitalista, ausência de bênção é tudo o que vai de encontro deste sistema. Não é por este motivo que as igrejas que prometem solução imediata ao sofrimento crescem assustadoramente?

Mas se formos honestos com as Sagradas Escrituras veremos que não é este o sistema de Deus. É claro que a saúde, os bens de consumo e o conforto podem ser bênção do alto, mas as tribulações também o são dependendo do contexto.

Quando lidamos com a trajetória redentiva estabelecida por meio da aliança da graça divina percebemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito, não importando se promovem o bem-estar ou o sofrimento do crente. O Senhor Deus preserva e governa soberanamente todas as coisas, incluindo seu plano redentivo. Logo, todos os seus eleitos estão incluídos neste plano perfeito para que toda a glória seja dada ao Todo-Poderoso. O autor de Hebreus demonstra um pouco do que argumento aqui:

E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas, os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros. Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição; outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados. (Hebreus 11: 32 – 40)

E quanto a nós? O texto que segue se aplica aos eleitos contemporâneos:

Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma. (Hebreus 12: 1 – 3)

Por isso cada crente deve olhar para os sofrimentos do ano que se encerrou e se perguntar onde, neles, ocorreu o progresso do Reino e da minha esperança. Se 2012 foi ruim do ponto de vista do conforto e da prosperidade, certamente foi perfeito para o cumprimento da vontade de Deus.

Nossa oração deve ser submissa ao Senhor. Nossa súplica deve ser:

Senhor, livra-me de todo o sofrimento neste novo ano, mas se devo passar pelo dia mal, pelo vale da sombra da morte, então me fortalece e faça com que eu creia que Tu estás comigo em todos os momentos. Glorifica Teu Santo Nome na minha vida!”

Com este texto desejo um 2013 abençoado a todos, mesmo que esta bênção ocorra por meio do sofrimento e da perseguição.

Sola Scriptura.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...